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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

296 - 009 - Comunicação dos operários podem determinar se vivo ou morro

 



Desafio da comunicação e suasperdas

O maior desafio para um líder, especialmente quem trabalha no RH, é entender as demandas solicitadas pelas pessoas. Isso ocorre por deficiência na comunicação.

Uma pesquisa com 400 empresas e 100.000 funcionários revelou uma perda média de 62,4 milhões de dólares (empresa/ano) devido à problemas na comunicação. Em organizações com 100 funcionários, a perda chega em média a 420.000 Dólares/ano. 

Quando leio que estima-se que mais de 2.000 pessoas já tenham morrido por acidentes de avião causados por falhas de comunicação, entendo que essa referência ilustra a realidade do problema até nas empresas terrestres.

Enquanto você está avaliando o custo com seguros e perdas patrimoniais dessa estimativa, considere a possibilidade de que duas ou três das pessoas, entre as que mais ama, estivessem entre os passageiros.

Ao ler o artigo de Ariane Abdallah, me chamou atenção a expressão: “existe a crença de que silêncio corporativo não pega bem”. Há relatos de que acidentes poderiam ser evitados se os pilotos usassem a expressão “mayday, mayday, mayday”. E ledo engano se acha que o problema está relacionado somente com aeronaves.

Desafio da comunicação entre a vida ou morte

Outro relato com 31 mortes e, mais de 243 feridos, envolve o incêndio na Estação de Metropolitano King's Cross St Pancras, de Londres, que deflagrou às 19:30, do dia 18 de novembro de 1987. O dano poderia ser evitado se o bilheteiro, que recebeu informação de um passageiro, tivesse acionado a brigada de incêndio, mesmo depois de ter ido ao local e retirado uma bita de cigarro no vão da escada de madeira. Ele não o fez, pois havia uma cultura de um departamento não levar problema para outro setor.

Mayday, Mayday, Mayday

O termo Mayday, foi inventado por Frederick Stanley Mockford, em 1923, para alertar para uma situação de emergência. Ele recebeu o pedido para chegar a uma palavra que fosse entendida em várias línguas como sinal de alerta para um problema grave. É uma derivação do francês "m´aidez", que significa "socorro".

Em 1927, a Convenção Radiotelegráfica Internacional adotou o termo como sinal de emergência, estabelecendo que a palavra "Mayday" deve ser dita três vezes seguidas para prevenir qualquer confusão com outra palavra e para que as pessoas na torre de controlo a entendam claramente de forma a ativarem todo o dispositivo de socorro.

Mesmo assim em 1990, o copiloto do Boeing 707, da colombiana Avianca, deixou de utilizar corretamente a expressão, ao invés só informar a torre que o combustível estava acabando. Como não utilizou os termos mayday ou pan pan, a torre avaliou que era apenas um alerta, deixando o avião na espera devido ao congestionamento no aeroporto de Nova York.

Existe diferença em falar e comunicar. Um não significa o outro. Até posso ser fluente na fala e escrita em mandarim, mas não significa que eu me comunico bem ao fazer uma visita ao chefe de uma tribo australiana.

O mesmo acontece dentro das empresas. Um amigo, que era brigadista numa indústria aeroespacial, me contou que em 2011, enquanto chegava para seu turno deparou com o alarme de incêndio. Um colega correu aos berros dizendo para desligarem a chave de energia, pois um curto circuito tinha provocado um incêndio.  Alguém foi até o painel central e executou o procedimento, enquanto meu amigo corria com a evacuação dos 20 colaboradores do turno da noite.

Durante a chegada do caminhão dos bombeiros e uso de total dos extintores todos se empenhavam ao conectar as mangueiras, porém, logo se deparou não haver água nos hidrantes, o que facilitou o alastramento do fogo diante de materiais de alta combustão.

Um clima de caos se instalou no local e uma força tarefa, buscava mover outros carros pipas que logo se esgotaram. Minutos depois alguém alertou que os enormes reservatórios de água estavam cheios, mas as bombas não estavam trabalhando por falta de energia.

Graças a Deus, sem vítimas, a planta industrial avaliada em R$ 95 milhões, com 200 colaboradores só foi reaberta 3 anos após o ocorrido.

Mal dito e mal compreendido

É grande o desafio especialmente conseguir expressar o que se deseja através da fala, isso quer dizer, tornar comum uma mensagem e gerar uma ação no ouvinte. Entretanto, falo da ação pretendida para levar a #efetividade. Efeitos das distorções cognitivas podem afetar drasticamente a compreensão do ouvinte. As pessoas estão bem pouco atentas a essa variação, o que significa que subir bem em uma escada (#eficaz) não significa saber encostá-la na parede certa (#eficiência).

Generalizações como “...eles, ...todos, ...muitos, ...tem uma fumaça ali na escada, ...desliga a energia” e omissões “...pega aquilo, ...está lá, ...problema com o combustível”, entre outras, acabam por gerar interpretações distintas daquelas que se pretende. Como ocorreu em 1996, outra falha de comunicação, com o Boeing 747, da SAUDI AIRLINES e um Ilyushin IL-76, da Kazakhstan Airlines se chocassem no ar, causando a morte de 349 pessoas.

Os pilotos da Kazakhstan Airlines não entenderam a ordem de manter a altitude de 15 mil pés e atingiram o Boeing 747 que voava no sentido contrário a 14 mil pés. Lamentavelmente esse efeito parece ser bem comum!

Em 1977 o controlador de tráfego aéreo autorizou o avião da holandesa KLM a alinhar na cabeceira da pista enquanto outro Boeing 747 da norte-americana Pan Am taxiava pela pista. A falha de entendimento do comandante da KLM, causada pelo uso de termos fora do padrão e até interferência no rádio achou que estava autorizado a decolar e acelerou o avião, colidindo com o jato da Pan Am que ainda estava na pista.

Comunicação funcional

Sua comunicação é funcional? O quanto você está consciente não só da necessidade de calibrar o que fala e escuta, mas de como fazer essa calibração, faz toda a diferença entre ligar e desligar a energia, entre aterrissar agora ou daqui há 60 minutos, entre esperar e decolar.

Tais conflitos ocorrem com tanta frequência nas relações entre cônjuges, quanto com cliente, chefes e até em centros cirúrgicos com relatos de instrumentos esquecidos dentro de pacientes, ou amputação de membros errados.

Existe uma tendência de “manter a paz”, apenas se dar bem, de se conformar e não mexer muito nas coisas para não “desandar”. Na busca pela qualidade, existe uma importância crítica de feedback de alta qualidade em cada estágio de produção e entrega. E qual é seu grau de abertura e permissão interna para avaliar a sua?

Um forte abraço,

SACRIFÍCIOS SÃO TEMPORÁRIOS… A RECOMPENSA É PARA SEMPRE

 

By Gerson Sena de Castro

Mastery Meta-Coaching & CFG Soluções Corporativas

 

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